Com quatro rodadas da Liga Nacional de Futsal (LNF), o Atlântico lidera com 12 pontos, seguido por outras três equipes com a mesma pontuação: Magnus, Joinville e Praia Clube, respectivamente. Na quinta posição, uma surpresa. O estreante Vélez Camaquã, que soma nove pontos.
O time da Região Sul do Estado venceu três jogos em casa e perdeu apenas uma partida, contra o Atlântico, em Erechim, por 11 a 2. Neste começo de competição, é difícil elencar o principal nome do Vélez, já que mais de um atleta tem colaborado com a campanha.
Contudo, um dos nomes que mais se destaca é o goleiro PH, de 26 anos. Ele está em seu primeiro ano no time, mas disputa a LNF pela quarta vez.
Uma carreira de pausas até chegar no Vélez
Natural do Rio de Janeiro, PH começou a praticar futsal aos 11 anos. Até os 20, defendeu equipes cariocas, nas categorias de base. Quando estava no sub-20 do Fluminense, foi pouco utilizado e acabou deixando o esporte para cursar Geografia, em Pelotas. Após seis meses, retornou ao Rio para defender o Madureira, ainda na base.
Aos 21 anos, voltou a deixar o futsal de lado e seguiu outros caminhos. PH serviu ao exército e começou a faculdade de Educação Física na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Em 2021, foi convidado para jogar pelo Magé, do Rio de Janeiro. O retorno ao futsal foi positivo, e o goleiro conquistou a Liga Rio de Janeiro contra o Vasco da Gama. O bom desempenho o levou a Assoeva, em 2022. No ano seguinte defendeu o São Lourenço. Já no ano passado, integrou o elenco do Foz Cataratas.
O acerto com o Vélez e a boa fase do time
Em seu quarto ano disputando a Liga Nacional de Futsal, PH aceitou a proposta do Vélez para seguir na elite do futsal brasileiro. Há poucos meses em Camaquã, ele conta que a adaptação é fácil, já que conta com o apoio do torcedor local.
— Tenho me sentido muito bem, a cidade é muito acolhedora, as pessoas da cidade também. Todo mundo abraçou muito o projeto, abraçou muito o time. Então, acho que tem tudo para melhorar ainda mais, conforme o ano for passando e o projeto for se estabelecendo como algo identitário da cidade — contou o goleiro.
Neste começo de competição, PH foi titular em todos os jogos, mas foi substituído contra o Atlântico, após sentir dores na coxa. Em quadra, ele sofreu seis dos 13 gols que o Vélez levou. Mesmo assim, vem se destacando pelas boas atuações, que passam segurança ao restante do time.
Segundo PH, não existe apenas um responsável pelo bom momento do Vélez Camaquã na temporada. Contudo, ele gosta de lembrar do apoio do torcedor, que fez a diferença nas três vitórias até aqui, em que o time marcou 10 gols e sofreu apenas dois.
— Estamos jogando em casa esses primeiros jogos. É muito bom dentro de casa, ter o apoio da torcida, que sempre vem e sempre lota. Então, a gente está tentando levar isso de dentro de casa para os jogos fora — comentou PH.
Os objetivos
Assim como já era dito no começo do ano, o Vélez Camaquã segue com os mesmos objetivos para a temporada, segundo PH. Primeiro, conquistar a Taça Farroupilha da Região Metroserra, em que a equipe encara a ACBF na final, com jogos nesta sexta-feira (16) e na segunda (19).
Depois, o time busca conquistar o acesso para a Série A do Gauchão de Futsal, por meio da segunda divisão. Por fim, quer se classificar para as oitavas de final da Liga Nacional, ou seja, terminar entre os 16 melhores da primeira fase.
— Os objetivos permanecem, mas a gente sente que pode mais. Não é nenhuma loucura dizer que a gente pensa em chegar nas oitavas de final, se classificar. Mas se tudo der certo, ir cada vez mais longe — comentou PH.
Sobre os objetivos pessoais, PH não esconde a vontade de disputar a Libertadores e a Champions League. Da mesma forma, cita o desejo de ser campeão da Liga Nacional de Futsal.