Sebastião Salgado, um dos maiores nomes da fotografia brasileira e do mundo, morreu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização não-governamental fundada por ele.
LEIA TAMBÉM:
Sebastião Salgado sofria de um distúrbio sanguíneo causado por malária, que ele contraiu na Indonésia e não conseguiu tratar apropriadamente, o que o levou a se aposentar do trabalho de campo em 2024. De acordo com o fotógrafo, seu corpo estava sentindo “os impactos de anos de trabalho em ambientes hostis e desafiadores”.
O fotógrafo, que definia a fotografia como um espelho da sociedade, se formou em economia, mas começou a tirar fotos em 1973 e nunca mais parou. Desde os primeiros momentos na profissão, Sebastião Salgado se dedicou a retratar as pessoas que se encontravam à margem da sociedade.
Com um estilo clássico de fotos em preto e branco, Sebastião Salgado ficou famoso por fazer registros documentais impressionantes durante sua trajetória ao redor mundo, durante a qual visitou mais de 120 países.
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, diz o texto do Instituto Terra.