Por MRNews
Turista brasileiro relata abandono por guia em monte da Indonésia: “As crianças ficaram em pânico”
A trágica morte da brasileira Juliana Marins, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, trouxe à tona o relato de outro turista brasileiro que passou por uma situação igualmente perigosa no país asiático. O engenheiro Willians Francelino, que visitou Bali em 2024, revelou que foi abandonado por uma guia local durante uma subida ao Monte Batur, um dos destinos turísticos mais populares da região.
Em entrevista publicada nesta quarta-feira (25), Willians contou que estava acompanhado de outras pessoas, inclusive crianças, e que o grupo confiava totalmente na guia responsável. “No meio do caminho, ela simplesmente desapareceu. Disse que voltava logo e não retornou mais. As crianças ficaram em pânico”, relatou.
Segundo ele, a situação só não teve um desfecho mais grave porque um grupo de turistas franceses que também fazia a trilha se solidarizou e os ajudou a encontrar o caminho de volta. “Foi um descaso total. Poderíamos ter nos perdido ou sofrido algum acidente sério”, afirmou.
O depoimento veio à tona em meio à comoção nacional causada pelo caso de Juliana Marins, de 26 anos, que faleceu após cair de um penhasco no Monte Rinjani. Juliana estava com um grupo de turistas e também teria enfrentado dificuldades relacionadas à falta de preparo e suporte adequado durante a atividade.
Hoje é Dia: programa Sem Censura e campanha Julho Amarelo em destaque
Carol Castro se revolta com decisão da Globo sobre Garota do Momento e desabafa nas redes
Francelino aproveitou para fazer um alerta aos brasileiros que planejam visitar o Sudeste Asiático. “Muita gente acha que é só contratar um guia pelo Instagram e está tudo certo. Mas há muita negligência, falta de fiscalização e ausência de socorro adequado em caso de emergência.”
O engenheiro finalizou seu relato pedindo às autoridades que tomem providências diplomáticas junto ao governo indonésio para exigir mais rigor na regulamentação dos serviços turísticos nas áreas de risco. “Depois do que aconteceu com a Juliana, ficou claro que não é seguro confiar cegamente nesses guias locais. É preciso responsabilidade.”
A história de Willians repercutiu nas redes sociais e reforçou o debate sobre a segurança de trilhas e expedições internacionais. Internautas se solidarizaram com o relato e muitos compartilharam experiências semelhantes em destinos turísticos pouco estruturados para emergências.
Tags: Juliana Marins, Monte Rinjani, Willians Francelino, guia desaparecida, turista brasileiro, Indonésia, Monte Batur, relatos de risco, trilhas perigosas.
Moraes determina que Daniel Silveira seja submetido a perícia médica
Família de Miguel Falabella, 68, recebe notícia após cirurgia
Homem que arriscou a vida para salvar Juliana Marins no vulcão é aclamado nas redes sociais
A trágica morte da brasileira Juliana Marins, que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, mobilizou o país e gerou uma enorme comoção nas redes sociais. Em meio à tristeza pela perda precoce, um nome tem se destacado como símbolo de coragem e empatia: Agam Rinjani, o guia local que liderou os esforços desesperados para salvar a vida da jovem.
Juliana, que realizava uma expedição no famoso vulcão da ilha de Lombok, acabou escorregando em uma trilha estreita e de difícil acesso. Assim que o acidente foi comunicado, Agam — conhecido por sua longa experiência na região e profundo conhecimento das rotas de escalada — não pensou duas vezes: assumiu a frente da busca, mesmo com o terreno instável, clima adverso e visibilidade comprometida.
Agam desafiou a altitude, o risco de novas quedas e a exaustão física para tentar encontrar Juliana ainda com vida. O esforço, infelizmente, não teve o desfecho desejado, mas sua dedicação incansável conquistou a admiração de milhares de brasileiros que acompanharam o caso. “Ele foi um anjo na montanha”, escreveu uma internauta. “Mesmo sendo um desconhecido, ele se arriscou por ela como se fosse da família”, comentou outro.
Nas redes sociais, internautas criaram correntes de agradecimento ao guia, que inclusive prestou homenagem à jovem em seu perfil pessoal. “Fiz tudo o que pude”, disse ele, em um depoimento emocionado, que repercutiu comovendo a todos.
Juliana Marins era conhecida por seu espírito aventureiro e pelas viagens que registrava em suas redes sociais. Ela havia embarcado na trilha com amigos e, segundo relatos, mantinha contato com a família constantemente. Sua morte foi confirmada no dia 24 de junho, e o processo de traslado do corpo está sendo acompanhado pelas autoridades brasileiras.
Diante da tragédia, o nome de Agam Rinjani passa a ser lembrado não só como um guia de trilhas, mas como um verdadeiro herói anônimo que, mesmo sem sucesso, se entregou de corpo e alma à missão de salvar uma vida. Ele agora é símbolo de esperança e humanidade em meio ao luto.
Tags: Juliana Marins, Monte Rinjani, guia Agam, tragédia na Indonésia, herói anônimo, busca e resgate, brasileiro no exterior, comoção nacional.
O corpo de Juliana Marins foi resgatado nesta quarta-feira (25) da cratera do Monte Rinjani pelas equipes de socorro da Indonésia. A informação foi confirmada pela Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), em entrevista a uma emissora de TV local.
Brasileira, Juliana fazia uma trilha na borda do vulcão quando caiu na cratera e deslizou por centenas de metros, na manhã de sábado (21). Por conta das condições meteorológicas diversas, terreno complicado e problemas na logística das operações de resgate, Juliana não foi resgatada a tempo.
Apenas na terça-feira (24), um resgatista conseguiu chegar até ela, mas a brasileira já tinha morrido.
Homenagem
O pai de Juliana, Manoel Marins, fez uma homenagem para a filha em suas redes sociais.
“No início deste ano [ela] nos disse que faria esse mochilão agora enquanto era jovem e nós a apoiamos. Quando lhe perguntei se queria que lhe déssemos algum dinheiro para ajudar na viagem, você nos disse: jamais. E assim você viajou com seus próprios recursos que ganhou como fruto do seu trabalho. E como você estava feliz realizando esse sonho. E como nós ficamos felizes com a sua felicidade. Você se foi fazendo o que mais gostava e isso conforta um pouco o nosso coração”, finalizou.