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Prisões de policiais investigados por mortes de jovens são mantidas após custódia de custódia

Prisões de policiais investigados por mortes de jovens são mantidas após custódia de custódia – Foto: PMPB.

As prisões dos cinco policiais presos suspeitos de envolvimento na morte de cinco pessoas, no Conde, Litoral Sul da Paraíba, foram mantidas após audiência de custódia, nesta segunda-feira (18). A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) à TV Cabo Branco.

De acordo com o TJPB, os cinco policiais vão ser transferidos para a carceragem do 1º Batalhão da Polícia Militar, em João Pessoa.

A operação reúne 72 agentes, do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar. Foram expedidos seis mandados de prisão temporária, mas um dos alvos está fora do país, em viagem. Também foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nas residências dos alvos.

Os policiais militares investigados são: Tenente Álex William de Lira Oliveira; Sargento Marcos Alberto de Sá Monteiro; Sargento Wellyson Luiz de Paula; Sargento Kobosque Imperiano Pontes; Cabo Edvaldo Monteval Alves Marques; Soldado Mikhaelson Shankley FerreiraMaciel.

O advogado de defesa dos policiais, Luiz Eduardo, afirma que os jovens atiraram contra os agentes, que reagiram disparando e ferindo as vítimas. Ele também afirma que o policial militar que está nos Estados Unidos, Tenente William, vai se apresentar quando retornar ao Brasil e que os policiais presos vão fornecer as informações necessárias.

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Entenda o caso

O caso que resultou na operação desta segunda-feira (18), aconteceu na noite do dia 15 de fevereiro de 2025. Segundo a Polícia Militar, os cinco jovens, com idades entre 17 e 26 anos, estavam se preparando para fazer um ataque no Conde, para vingar um feminicídio cometido horas antes.

Na mesma data, uma mulher havia sido morta por ter encorajado uma amiga, vítima de violência, a se separar do marido. O homem, com raiva, matou a mulher como vingança.

Então, de acordo com a PM, o filho da vítima reuniu amigos para vingar o assassinato. Eles estavam em dois veículos e foram interceptados por viaturas da Polícia Militar. Ao passar pela Ponte do Arco, o carro foi atingido por vários tiros, o que resultou nas mortes de todos os ocupantes.

Os policiais militares trabalham no 5º Batalhão da Polícia Militar de João Pessoa e atuavam na Zona Sul da capital. Segundo informações da TV Cabo Branco, um dos policiais prestava serviços informais ao influenciador Hytalo Santos, preso na última sexta-feira (15), em São Paulo, suspeito de tráfico humano e exploração sexual infantil. Apesar disso, a operação não tem relação com a investigação contra o influenciador. Os demais policiais estão sendo investigados para verificar se também há também essa relação.

Os mortos foram identificados como:

  • Fábio Pereira da Silva Filho, de 26 anos;
  • Emerson Almeida de Oliveira, de 25 anos;
  • Alexandre Bernardo de Brito, de 17 anos;
  • Cristiano Lucas, de 17 anos;
  • Gabriel Cassiano de Sousa, de 17 anos (filho de Ana Gabriela, vítima do feminicídio).

Segundo o laudo da perícia, foram identificados 74 disparos em um dos veículos e 18 no outro. Todos os tiros partiram de fora para dentro dos carros. Os policiais envolvidos na ação alegaram que teria ocorrido troca de tiros.

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