Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar suspeitas de cartel nos postos de combustíveis de João Pessoa começaram nesta segunda-feira (15) com embate entre os vereadores membros do colegiado.
O motivo do atrito foi a escolha do vereador Raoni Mendes (DC) para a presidência da comissão pelo presidente da Câmara, Dinho Dowsley (PSD), sem uma eleição entre os integrantes da CPI, como ocorre no Congresso Nacional.
O autor do requerimento da CPI, vereador Guguinha (PSD), anunciou que apresentaria um pedido de nova eleição para a presidência do colegiado, com apoio de cinco dos sete membros: Fábio Carneiro, Fábio Lopes (PL), Jailma Carvalho (PSB) e Mikika Leitão (Republicanos), além dele próprio.
Os parlamentares também questionaram a condução de Raoni, que anteriormente havia se manifestado contra a necessidade de instalação da CPI para debater o assunto.
Raoni nega novo pleito e orienta ida à Justiça
Raoni, no entanto, rejeitou o pedido, afirmando que não há previsão regimental para uma nova eleição e que sua escolha seguiu as regras da Casa.
“A gente não pode fazer pré-julgamento anteriormente à minha condução aqui. Se houver alguma conduta que macule os trabalhos da CPI, aí sim vocês poderiam fazer qualquer observação. O fato é: está publicado em semanário, está sendo instalada a CPI e eu irei presidir com a maior isenção que me cabe como presidente”, disse.
Sem consenso, o vereador disse que iria mandar o requerimento para a procuradoria da Casa e encerrou a sessão.